terça-feira, 14 de outubro de 2014

Edição do dia 13/10/2014 13/10/2014 20h41 - Atualizado em 13/10/2014 20h41 Caseiro confessa ter incendiado carro com corpo de mulher após aborto Uma mulher suspeita de participação na morte de Jandira Cruz se entregou nesta segunda-feira (13) à polícia, no Rio. Jandira morreu em agosto, durante um aborto clandestino.


Uma mulher suspeita de participação na morte de Jandira Cruz se entregou nesta segunda-feira (13) à polícia, no Rio. Jandira morreu em agosto, durante um aborto clandestino.
Agda Pereira, que fazia faxina da clínica clandestina, se apresentou essa segunda-feira (13) tarde à polícia. Depois de mais de um mês de investigações, nove pessoas foram indiciadas pelos crimes de homicídio qualificado, aborto, ocultação de cadáver e formação de quadrilha. Apenas a falsa enfermeira Keila Leal da Silva está foragida.
Jandira Cruz tinha 27 anos. No fim de agosto, ela saiu casa para fazer um aborto. O corpo da jovem foi encontrado no dia seguinte, carbonizado. Não havia arcada dentária nem impressões digitais, mas um exame de DNA comprovou a identidade.
De acordo com os investigadores, o depoimento mais revelador foi o de Jorge dos Santos, caseiro do sítio para onde Jandira foi levada depois de morta. Segundo a polícia, os envolvidos se reuniram na propriedade por oito horas, para decidir o que fazer.
O Jornal Nacional teve acesso, com exclusividade, ao depoimento do caseiro do sítio. Ele confessou ter ajudado outro homem a incendiar o carro com o corpo, numa estrada deserta e escura.
“Ele foi, saiu assim com um galão de gasolina branco e falou: ‘joga essa gasolina em cima desse carro aí, dentro desse carro aí’. Aí eu joguei a gasolina e soltou, jogou fogo lá, veio e me trouxe até no Rio da Prata e falou: ‘agora pode ir embora para casa’”, conta.
O homem que para a polícia queimou o carro junto com o caseiro é Marcelo Medeiros, responsável pelo aluguel do imóvel onde funcionava a clínica clandestina. Na delegacia, ele disse que só vai falar diante de um juiz.
Esta semana, os responsáveis pela investigação vão tentar ouvir mais uma vez todos os envolvidos. O delegado suspeita que no sítio eles tenham mutilado o corpo de Jandira e dado um tiro na cabeça dela, na tentativa de atrapalhar o esclarecimento do caso.
“Cada um agora, está dando uma versão. Então a gente está tendo que juntar peça por peça para chegar a realmente o que ocorreu com a Jandira naquele dia e a real verdade dos fatos”, afirma o delegado Hilton Pinho.

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