terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Primeira colocada geral no vestibular da AEDA aponta leitura como fator principal para aprovação

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A primeira colocada geral do vestibular 2014.1 da Autarquia Educacional do Araripe – AEDA contraria o perfil clássico dos feras tradicionais das universidades. Francisca Érika de Alencar tem apenas 17 anos, estuda desde a 5ª série na Escola Estadual Padre Luiz Gonzaga, em Araripina, mora no sítio Santana.
Ela conta que sua preparação para o vestibular foi intensa, pois antes do processo seletivo da AEDA teria que encarar o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM. No dia da realização do ENEM ela ficou doente e quase perdeu a prova. Azar de quem queria sua vaga: Érika saiu-se muito bem na principal prova brasileira atingindo 760 pontos.
Filha de um casal de agricultores – Laércia e Erasmo, a persistência e dedicação aos estudos de Érika convenceram sua mãe a retornar à escola para estudar na Educação de Jovens e Adultos – EJA no Sesc Ler onde terminou a 4ª série. Os pais também foram decisivos na escolha do curso: Engenharia Agronômica. Ela encabeça a lista de 60 novos graduandos em Agronomia que iniciam o curso em fevereiro.
Eloquente e boa oradora, Érika conta com alegria que recebeu a notícia da aprovação do vestibular por telefone. “Soube que havia sido aprovada em primeiro lugar no curso de Agronomia e já estava muito feliz. Quando fui à AEDA e vi que além disto, tinha sido a primeira colocada geral não acreditei. Aliás, até agora a ficha não caiu”, brinca a jovem.
IMPORTÂNCIA DA LEITURA
De acordo com Érika a escola que ela estudou desde a 5ª série possui uma boa biblioteca. E é o hábito da leitura que a jovem aponta como decisivo em para qualquer vestibular. O tema da redação da AEDA foi “Sistema prisional Brasileiro – uma situação crônica de falência” e ela novamente saiu-se muito bem. “Um dia antes da prova estava lendo sobre a atual situação do presídio de Pedrinha no Maranhão. Quando vi o tema da redação me senti preparada para escrever”, afirma.
Érika afirma que é necessário estudar bastante, não somente na sala de aula, mas fora dela. Também é necessário esquecer as redes sociais e investir na leitura de livros de diversos temas. Viciada em livros de ficção científica, atualmente ela se dedicada à leitura espírita Nosso Lar, de Chico Xavier.
A jovem afirma que Araripina não dispõe de bibliotecas de qualidade, mas isto não a impede de manter o hábito da leitura. “Ler nos deixa informada sobre tudo, nos dá uma noção geral do mundo e aumenta a nossa inteligência. Fui muito incentivada a ler pelos professores Acácio Lacerda (Português) e Silvana Feitosa (Matemática)”, afirma.
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